quinta-feira, 9 de julho de 2015

A importância de escolher bem os delegados para o Comando Nacional de Greve


A cada 15 dias, o Comando Local de Greve (CLG) dos técnicos administrativos da UFAL enviam a Brasília dois delegados para compor o Comando Nacional de Greve (CNG).

É importante que todos os técnicos saibam da importância desses delegados e de como é imprescindível que sejam bem escolhidos.

O custo para enviar duas pessoas para passar 15 dias em Brasília é alto.

Cada diária de hotel para duas pessoas custa algo em torno de R$ 300,00. Cada delegado recebe também uma diária de R$ 100,00 cada, para pagar seus custos por lá.

Sendo assim, para manter dois delegados em Brasília, há o custo de R$ 500,00 por dia. Em um mês o custo é de R$ 15.000,00, que são custeados a partir do fundo de greve.

Correção: esqueci de adicionar aqui os custos das passagens também. O custo é de no mínimo de R$ 700,00 por pessoa, mas pode chegar até a R$ 1500,00, ao ser comprado em cima da hora, adicionando um custo a mais de R$ 2800 a R$ 6000. Devem haver outros custos envolvidos  na viagem não mencionados aqui.

Se escolhermos mal qualquer um dos quatro que irão ao longo de um mês para Brasília, serão R$ 3.750,00 desperdiçados do fundo de greve.

Desta vez foram enviados os delegados Reinaldo e Evilázio, nos quais, eu particularmente, confio como representantes da nossa base.

Porém eles somente ficarão em Brasilia por esta e pela próxima semana. Para os 15 dias seguintes, serão escolhidos outros dois delegados. 

É preciso que a base esteja bem atenta aos que se candidatarão para essas vagas, para que possam mandar pessoas nas quais os servidores realmente confiem que possam fazer alguma diferença por lá.

De acordo com um dos delegados, o Reinaldo, no comando nacional há muita gente excelente em fazer discursos e pouquíssimas pessoas que tenham algum senso prático ou pragmático, que cuidem de planejamento, organização e de obter resultados concretos dos atos.

Ainda segundo ele, há muita gente que na hora de falarem alguma coisa, em vez de complementarem a fala dos outros que já discursaram, apenas repetem a mesma coisa, unicamente para mostrar a posição do grupo político ou coletivo que representam, tornando até mesmo as reuniões do CNG enfadonhas e pouco produtivas.

Por essa razão, não podemos enviar, nas semanas seguintes, quaisquer delegados que não cheguem para somar ao CNG. Não podemos enviar alguém que irá para lá apenas para discursar, pois desse tipo de delegado o CNG já está lotado.

Sabemos que não é nada fácil para a grande maioria se ausentar durante 15 dias, ficando longe da família. Mas esse é um sacrifício necessário que alguns precisam fazer num momento em que estamos na greve mais importante dos últimos anos.

Se aqueles que realmente querem fazer alguma diferença não ajudam, acabaremos enviando quaisquer pessoas que se candidatem às vagas, causando não apenas um prejuízo financeiro ao movimento, assim como também estaremos nos isentando de contribuir com a direção nacional do movimento grevista.

A escolha dos próximos delegados para o CNG será feita na reunião do comando de greve e na assembléia da próxima semana. Participem!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Servidores Federais pediram 27% de reajuste, mas o governo só ofereceu 5,5%



Segue abaixo uma notícia da EBC:
Governo propõe reajuste de 21,3% a servidores do Executivo (25/06/2015)
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentou, a 49 entidades classistas, a primeira proposta de reajuste salarial para os servidores do Poder Executivo. O governo ofereceu 21,3%, divididos em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Para os servidores, a proposta está aquém do ajuste pedido, linear de 27,3%.
"Acho que a proposta é bastante razoável. Usamos projeções que não são do governo, são do mercado, e trouxemos a proposta em um contexto, que esperamos provisoriamente, muito desfavorável de aumento de desemprego, queda de salário no setor privado", disse o secretário de Relações de Trabalho do ministério, Sérgio Mendonça, que esteve reunido com representantes das entidades. 
"Trazer essa proposta em parâmetros de mercado é defensável. Não posso dizer se vamos adiante dela, vamos esperar o que as entidades vão conversar", acrescentou. Uma nova reunião está marcada para o dia 7 de julho. 
Dentre as entidades que estiveram com o secretário está a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). Os servidores da Fasubra estão em greve desde 28 de maio deste ano. "Para nós significa perder até o final dessa década", disse o coordenador-geral da federação, Rogério Marzola. "Vamos propor para a categoria, mas com certeza ela não vai aceitar. Estamos com perda de 27%, e o governo nos propõe esquecer isso". 
A proposta faz parte de uma rodada de reuniões para definir os reajustes de 2016 a 2019. O último acordo foi feito 2012 e vigorou até este ano. Segundo o ministério, a expectativa é que a negociações terminem até o fim de julho. As reuniões começaram em março. 
Na proposta, o governo usou as expectativas de inflação do boletim Focus. Segundo o secretário, as porcentagens não são indexadas, ou seja não variam caso variem as projeções. Com isso, o governo mantém nos próximos anos o gasto com pessoal constante, equivalente a 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB). 
Segundo o governo, esse é o ponto de partida para discutir também os benefícios, como auxílio-creche, auxílio-alimentação e auxílio-médico.
"É um pacote, o governo não consegue se mover sem fazer todas as contas, os impactos e o que isso significa", disse o secretário. "Não dá para ignorar que [o pagamento aos servidores] é parte da estratégia macroeconômica fiscal e de combate à inflação que a política econômica está usando. Não podemos perder o controle fiscal e não podemos perder o controle dos pagamentos".
De janeiro a maio deste ano, já acumulamos uma inflação de 5,34% (Veja este link). É a maior inflação para o período desde 2003, quando houve uma inflação de 6,8%. Se estamos em 5,34% em apenas 5 meses, como será a inflação em 12 meses? Com certeza será bem alta e esse aumento de 5,5% para 2016 não chegará nem perto da inflação de 2015.

É inaceitável um aumento desse nível e receber aumentos ainda menores até 2019. 

Se aceitarmos algo assim, não poderemos fazer nenhuma greve até 2020. 

Precisamos rejeitar essa oferta e fortalecer nossa greve ainda mais.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Na UFAL todas as contas estão com atraso, incluindo as bolsas dos alunos


No dia 2 deste mês, numa reunião entre o comando de greve da UFAL e o reitor Eurico Lobo, o mesmo mencionou que em seus 37 anos de universidade, essa era a pior crise financeira que ele já havia visto na UFAL. Segundo ele, as únicas contas que estavam em dia eram os salários dos servidores e as bolsas dos alunos.

Esse era o caótico cenário até aquele momento.

Agora as coisas pioraram, pois no mês de junho não chegou um único centavo para pagamento das bolsas dos alunos.

Seguem abaixo alguns trechos de uma notícia do site da UFAL:
Ufal não recebe repasse do MEC em junho e bolsas deixam de ser pagas (25/06/2015)
Neste mês de junho o Ministério da Educação (MEC) não repassou um centavo para a Universidade Federal de Alagoas, referente [...] as bolsas da graduação e da pós-graduação. O último repasse ocorrido foi em maio, mas apenas o equivalente a cerca de 30% do que deveria ter entrado na conta da Ufal, que seriam R$ 10 milhões. O único montante recebido em junho foi oriundo do Ministério do Esporte, mas o recurso é destinado especificamente para as obras do Complexo Esportivo do Campus A.C. Simões.
Este ano, em nenhum momento, a Ufal recebeu o valor correspondente ao liquidado, ou seja, sempre foi abaixo do que estava previsto para ser pago. “No mês de maio, por interferência do professor Eurico [Lôbo, reitor], a Ufal recebeu dois repasses, um no dia 28 e outro no dia 29. O que normalmente vinha acontecendo era um repasse por mês e, mesmo assim, atrasado. Por outro lado, os dois repasses de maio não foram o valor total que a Universidade deveria ter recebido. Dos R$ 10 milhões mensais que a Ufal deveria ter de repasse do MEC, o valor não chega a 20%. Maio foi a exceção, já que o montante chegou a 33%”, justificou Pedro Valentim, pró-reitor de Gestão Institucional. [...]
[...]a informação do MEC é que os repasses serão regularizados a partir de julho, mesmo assim, divididos em três parcelas; a primeira, dia 10, a segunda, 20, e a última, dia 30. “A situação é bem delicada. É possível que comecemos julho sem receber nenhuma parcela de junho[..]", disse o pró-reitor.
Por outro lado, o que o MEC vem repassando, na maioria das vezes, não dá para pagar o que é liquidado pela Ufal. “Como não há o repasse total do financeiro referente à parcela mensal do orçamento, só conseguimos pagar algumas bolsas da graduação e da pós-graduação. Neste momento [quinta-feira, 25], a Ufal tem liquidado no DCF, ou seja, pronto para pagamento, cerca de 5 milhões de reais. No entanto, estamos aguardando repasse do financeiro para que esse montante possa ser pago”, explicou Pedro Valentim.
"[...] Às vezes, temos para pagar 5 milhões de reais e só chega 1 milhão de reais. Dessa forma, a gente não tem conseguido fechar as contas. Não dá para pagar todas as bolsas, que estão sendo nossa prioridade. Algumas são pagas e outras não", contou o pró-reitor.
Esse problema de falta de recursos financeiros não é vivenciado apenas pela Ufal. De acordo com Pedro Valentim, nenhuma universidade está recebendo repasse regularmente, ou seja, o atraso do MEC é geral e a crise afeta todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). 
Se quiser ler a notícia completa, clique neste link.

sábado, 20 de junho de 2015

Reitora da UNIFESP emite nota de repúdio contra corte de 25 milhões da Universidade


A reitora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), junto de todos os diretores dos campus da universidade, nesta quarta-feira (17/06), emitiu uma nota de repúdio ao corte de R$ 25 milhões sofrido pela universidade em seu orçamento.

Segundo ela, o corte trará enorme prejuízo para o funcionamento da UNIFESP. Realizaram uma enorme expansão da universidade nos últimos anos, sem que houvesse um investimento adequado do governo federal em infraestrutura. O recurso que vinha antes já não era adequado para a universidade. Com o corte, a coisa vai ficar muito pior.

Veja abaixo a nota emitida pela reitoria no site da universidade.
Nota a respeito do corte no orçamento de capital das Universidades Federais (17/06/2015)
Como anunciado anteriormente, o Ministro da Educação afirmou, em 12 de maio de 2015, que a manutenção das Universidades Federais seria preservada dos cortes; restava ainda o anúncio sobre os recursos de capital.
Após várias semanas de espera, no dia 11 de junho, o MEC anunciou um corte (redução no limite de empenho) de 47% nos orçamentos de capital em todas as Universidades Federais. No caso da Unifesp, isso representa uma redução de R$ 25 milhões em investimentos em projetos, obras, acervos, equipamentos e mobiliário, entre outros bens de capital – orçamento que já estava aquém das nossas necessidades.
Diversas Universidades Federais e a Unifesp, em especial, estimuladas pelo governo federal nos últimos anos, vêm realizando uma enorme expansão de vagas, sem o planejamento e o investimento em infraestrutura à altura dessa ampliação, além da necessária modernização e regularização de nosso patrimônio construído.
Quando, recentemente, começamos a nos organizar para viabilizar o atendimento às demandas acumuladas em planejamento, projetos e obras, graças a uma ação coordenada de reitoria e direções dos campi, novos servidores e novos procedimentos de trabalho - sobretudo na área de arquitetura e engenharia –, fomos surpreendidos com um corte violento em nosso orçamento, que poderá comprometer e adiar diversas ações que já estavam maduras para início de obras, de diversos portes.
Assim, a Reitoria e os Diretores dos campi abaixo assinados protestam e reafirmam o compromisso com a Universidade Pública – que para tanto precisa de infraestrutura adequada. É o momento, em situação de estagnação e desemprego, de investir em obras de edifícios educacionais e seus equipamentos como medida contracíclica. A “Pátria Educadora” precisa dos investimentos que lhe façam jus.
São Paulo, 17 de Junho de 2015.
Profa Dra. Soraya S. Smaili (Reitora)
Profa Dra. Rosana Puccini (Diretora do Campus São Paulo)
Profa Dra. Sylvia Helena Batista (Diretora do Campus Baixada Santista)
Profa Dr. João Alexandrino (Diretor do Campus Diadema)
Profa Dra. Marineide de Oliveira Gomes (Diretora em exercício do Campus Guarulhos)
Profa Dra. Luciana Onusic (Diretora do Campus Osasco)
Profa Dr. Luiz Leduíno Salles Neto (Diretor do Campus São José dos Campus)
Na reunião que tivemos com a reitoria da UFAL destaquei a importância da gestão se posicionar criticamente, repudiar e lutar contra esses cortes, ao invés de apenas aguardar passivamente enquanto tudo desaba.

Os Reitores da UNIFESP e da UFBA (veja neste link o ato de repúdio contra os cortes na UFBA) resolveram agir de forma diferente. Será que algum dia veremos o reitor da UFAL fazer o mesmo? 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Campanha dos servidores da UFAL começa a inspirar outras universidades


A campanha "Nem só com professores se faz uma universidade", iniciada pelos servidores da UFAL já começa a se espalhar por outras universidades.

A primeira delas foi a UFF (Universidade Federal Fluminense), do Rio de Janeiro, na qual os técnicos administrativos resolveram fazer uma campanha semelhante, mostrando a importância dos seus técnicos administrativos.

Seguem abaixo algumas das fotos publicadas pelos servidores da UFF.

Se quiser ver as fotos da campanha da UFAL, clique neste link.







quarta-feira, 17 de junho de 2015

Fotos da campanha "Nem só com professores se faz uma universidade"


Nos últimos dois dias iniciamos a campanha "Nem só com professor se faz uma universidade".

Um dos objetivos é o de dar visibilidade ao trabalho dos técnicos administrativos das Universidades Federais, que são parte fundamental dessas instituições, mas que não são devidamente reconhecidos pela sociedade.

É muito comum haver uma greve numa universidade e a imprensa noticiar que há apenas uma greve de professores. Ao fazer uma busca na internet você descobre que os técnicos administrativos de lá também estão em greve, mas parte da imprensa não os enxerga.

Em outros casos, quando há greve apenas dos técnicos administrativos, parte da imprensa ignora o assunto ou afirma que não há greve na universidade, já que as aulas não pararam.

A visão da imprensa é muito pautada pela opinião pública e esta também em parte é pautada pelo trabalho da imprensa. Ambos se alimentam de uma forma muito interessante que às vezes é positiva e em outros casos bem negativa.

Hoje a maioria enxerga a universidade como uma instituição formada apenas por professores e alunos. Para eles existe um outro pessoal que trabalha lá em outras funções, mas não os vêem como tão importantes. Essa visão faz com que a comunidade acadêmica em muitos casos não dê muita importância para nossa greve. Isso alimenta essa mesma imagem fora dela, na imprensa e, consequentemente, no governo e no congresso.

Por essa razão tive a ideia dessa campanha, que tem o objetivo de mostrar à comunidade acadêmica a importância dos outros milhares de profissionais de nível fundamental, médio e superior, que atuam nela nas mais diversas atividades, que são fundamentais para garantir uma estrutura mínima, que permita que os professores possam dar aulas e os alunos as assistam.

Um segundo objetivo é fazer com que os próprios servidores reflitam sobre sua importância.

Percebi que alguns tiveram alguma dificuldade em pensar numa boa frase para demonstrar sua importância para a universidade. Ao pararem para refletir com calma, chegaram a uma boa frase, fizeram o cartaz e o exibiram com orgulho.

O servidor refletir sobre sua importância para a universidade e ter orgulho do que faz, é de fundamental importância neste momento em que os técnicos administrativos de 60 Universidades Federais (das 63 do país) estão em greve contra os ferozes cortes no Ministério da educação, por melhorias salariais e na carreira.

A campanha não tem o objetivo de criticar os professores, contestar sua importância, nem de criar qualquer rivalidade com eles, como alguns poucos entenderam. 

O objetivo dela é dizer à sociedade que nós também trabalhamos lá e somos parte imprescindível da universidade. Chegamos para dizer a todos que "nem só com professores se faz uma universidade".

Quem quiser colaborar com a nossa campanha, pode fazer isso de diversas formas. Pode postar as fotos abaixo nas redes sociais e, caso seja um técnico administrativo, criar seu próprio cartaz falando da importância do seu trabalho para a universidade. Ao postar usar as HashTags #SouTecnicoAdministrativo, #GreveNasFederais e #SOSEducacaoPublica.

Seguem as fotos da campanha abaixo:













terça-feira, 16 de junho de 2015

Como está a adesão à greve dos técnicos na UFAL?


Como já foi mencionado aqui anteriormente, estou realizando um trabalho de dimensionamento da adesão à greve dos técnicos administrativos da UFAL. (Mais informações neste link)

Esse trabalho tem o objetivo de, ao longo do tempo, avaliar como está a adesão dos técnicos, para saber em quais setores a greve está mais forte e onde está mais fraca, além de identificar em quais locais está havendo uma desmobilização ao longo do tempo, para que possamos tomar decisões importantes para aumentar a adesão.

Fizemos um levantamento inicial através de informações prestadas pelos servidores que compareceram à assembléia na quarta-feira (10/06). Abaixo estão os links dos relatórios e algumas informações sobre eles.

É importante deixar claro que os dados foram todos coletados com base no preenchimento de um formulário pelos servidores. Somente com visitas aos setores é possível constatar se os dados informados correspondem totalmente com a realidade. Alguém pode comentar que em seu setor houve adesão de 100%, mas haver ainda 2 coordenadores trabalhando, o que claramente não é 100% de adesão.

Até o momento conseguimos dados de apenas 42 setores.

Se você ainda não preencheu o formulário do seu setor e quiser nos ajudar com este trabalho, clique neste link para baixar o formulário. (enviar para fabiano.silva.amorim@gmail.com)

Adesão por polo

Nós só conseguimos uma quantidade significativa de informações sobre o Campus AC Simões, Arapiraca e o Hospital Universitário. Sobre outros locais, a quantidade de pessoas informadas é muito pequena para que possamos tirar alguma conclusão.

É interessante destacar que o Hospital Universitário declarou uma adesão baixíssima, de apenas 14%. Já os servidores de Arapiraca declararam uma adesão de 97%.

Adesão por setor

Neste relatório estão as quantidades informadas pelos servidores referentes a cada setor.

Setores com maior e menor adesão

Este é basicamente o mesmo relatório por setor mencionado acima, com a diferença de que este está ordenado com base no nível de adesão de cada setor. É útil para visualizar quais setores estão com mais e com menos adesão.

Setores dos quais não temos informações.

É uma lista com uma grande quantidade de setores da UFAL sobre os quais ainda não temos informações. Se você faz parte de um destes setores, nos ajude com o preenchimento do formulário com os dados sobre a adesão nesse setor. (Aqui neste link está o formulário. Enviar para fabiano.silva.amorim@gmail.com)

domingo, 14 de junho de 2015

Técnicos da UFAL farão campanha para demonstrar a importância do seu trabalho para a universidade


Em todo ano em que os técnicos administrativos e professores das Universidades Federais decidem fazer greve, vemos notícias em que apenas a greve dos professores é mencionada. Em muitos casos, quando há greve somente de técnicos administrativos, para a imprensa é como se não existisse greve alguma.

Os técnicos administrativos sempre são menos visíveis e em alguns casos até invisíveis, pelo fato de que a sociedade enxerga a universidade somente em termos de professores e alunos. As pessoas não têm noção de que, para haver aulas numa universidade, é preciso que também exista uma infinidade de outros serviços administrativos, que são prestados por milhares de profissionais de dezenas de áreas de nível fundamental, médio e superior.

Por essa razão decidi iniciar uma campanha em que os servidores da universidade demonstrarão qual a importância do seu trabalho na UFAL.

A campanha seguirá o mesmo padrão de dezenas de outras que são lançadas nas redes sociais com cartazes contendo frases padronizadas sobre um determinado tema. Abaixo estão algumas fotos de campanhas realizadas nesse formato:

As duas fotos abaixo fazem parte de um conjunto de dezenas de fotos de uma campanha da ANDES (Associação Nacional dos Docentes de Universidades Federais) da greve de 2015.



As fotos abaixo são de uma campanha contra o racismo feita na UNB:



Como dá para perceber nestas duas campanhas, ambas são muito simples de serem feitas. Basta criar um padrão estético para as fotos, para que fique claro que são da mesma campanha, ter um conjunto de canetas para escrever as mensagens e alguns cartazes. Não exigem quase nenhum custo.

Pretendemos fazer uma campanha com fotos no formato de cartaz, inspirada na campanha da ANDES, com mensagens também coloridas. Porém, em vez de tirarmos foto atrás de um banner, faremos em algum local de destaque da UFAL ou nos nossos locais de trabalho.

O objetivo é mostrar, para a comunidade acadêmica e para o restante da sociedade, que o trabalho dos técnicos administrativos é indispensável para o funcionamento de uma universidade e que ela não é composta somente de professores.

Segue abaixo um esboço de um cartaz, inspirado na campanha da ANDES, referente à minha profissão e ao setor em que trabalho.

O esboço mostrado é apenas uma ideia inicial, que ainda será analisada e pode sofrer pequenas modificações. Também será feito de um modo que possa ser adaptado para outras universidades.

Cada grupo de servidores deverá construir a sua frase, seguindo o padrão definido, demonstrando como a universidade estaria sem o trabalho que eles e sua equipe realizam. 

O mesmo cartaz pode ser usado por várias pessoas que tenham correspondência com ele. As fotos serão postadas nos perfis das redes sociais dos fotografados e em vários grupos de discussão nas redes sociais.

As fotos que serão tiradas serão publicadas nas redes sociais aos poucos, conforme forem sendo tiradas. Iniciaremos nesta semana e prosseguiremos enquanto houver pessoas dispostas a participar.

Iremos nos reunir nesta segunda-feira às 9:00 na reitoria para definirmos o padrão das mensagens e criarmos os primeiros cartazes. Compareçam!

sábado, 13 de junho de 2015

Quantas Universidades realmente estão em greve em 2015?


Ao procurar pela internet a quantidade de universidades que estão em greve, o leitor pode ficar bem confuso, pois as notícias nos diversos sites são muito divergentes. 

Num dado momento, alguns sites falavam em 20 universidades apenas. Outros falavam em 45 universidades em greve. Na mesma data outros mencionavam 50 ou até 56.

Essa confusão de informações é muito ruim para quem está buscando se informar corretamente sobre o assunto.

Por essa razão criei uma planilha no Google Docs (ou Google Drive) em que mostro a lista das 63 Universidades Federais existentes. Na mesma planilha, há a indicação de quais universidades aderiram a greve, de professores e de técnicos (são greves separadas), quais rejeitaram-na e sobre quais delas não encontrei nenhuma informação.

Inicialmente o meu foco foi em organizar as informações sobre a greve dos técnicos administrativos. Há também informações sobre os professores, mas não está completa. 

Ao lado de cada universidade há também a informação da data em que ela aderiu ou rejeitou a greve e o link de uma notícia da imprensa mencionando aquela greve, para provar que realmente há greve ali.

Segundo o que chequei, há greve de técnicos administrativos em pelo menos 54 universidades das 63 existentes. Para o restante ainda não encontrei informação concreta que indique se elas realmente estão em greve ou não. Estou atualizando a planilha diariamente.

Se quiser ver a planilha com a lista completa, clique neste link.

A FASUBRA não interpretou corretamente uma decisão do STJ sobre a greve



Eu havia postado aqui no blog, que o STJ havia concedido uma liminar nesta sexta-feira (12/06) em que teria reconhecido a greve dos técnicos administrativos como legítima. A informação foi extraída do site da Fasubra, neste link

Porém, após analisar com calma o conteúdo da liminar, acredito que há um equívoco na interpretação da Fasubra sobre a liminar. Vejam abaixo o conteúdo da mesma:
Despacho
1. Às fls. 4.091/4.140 a DEFERAÇÃO DOS SINDICATOS DE TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS - FASUBA-SINDICAL informa que até o presente momento não foi apresentada nenhuma proposta concreta para a categoria, em total descumprimento da decisão judicial de fls. 500/508, o que levou os servidores representados pela Federação Sindical requerente a retomar a mobilização para deflagrar movimento grevista. Requer, assi, seja declarada legal a greve retomada pela categoria no mês de maio de 2015 e determinar que o Governo agende reunião com os representantes e apresente contraproposta concreta a reinvindicações por eles formuladas.
2. Diante disso, oficie-se aos Ministros da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão para que, no prazo de dez dias, se manifeste sobre a citada petição, informando sobre o pedido nela formulado e sobre o efetivo cumprimento da ordem liminar concedida na presente demanda.
3. Cumpra-se. Intimações necessárias.
Para visualizar o documento completo, clique neste link.

No item 1, o ministro claramente está apenas citando os argumentos que constam na petição da Fasubra.

Quando ele afirma "Requer, assi, seja declarada legal a greve", ele está se referindo à Fasubra e não a si próprio. No item 1 ele está dizendo que a FASUBRA informa A, B e C e depois requer que a greve seja declarada legal.

No item 2, ele está apenas exigindo que o MEC e o MPOG se manifestem sobre as acusações feitas pela Fasubra na petição. 

Os representantes da Fasubra, ao lerem a decisão do Ministro, interpretaram que o STJ já estaria definindo que a greve é legal e que o governo estaria sendo obrigado a, no prazo de 10 dias, sentar para negociar, o que aparentemente não corresponde ao texto. Isso foi divulgado no site deles e deve estar sendo, neste momento, amplamente reproduzido por outros sindicatos filiados à Fasubra.

Por essa razão estou fazendo esta postagem para esclarecer essa informação e não contribuir com a divulgação de informações inverídicas.

UPDATE: 16:30 - Entrei em contato por e-mail com a FASUBRA, informando sobre o erro na interpretação, para que corrijam a informação o quanto antes.

UPDATE 2: 18:50 - Alguns integrantes da FASUBRA analisaram os argumentos apresentados neste blog sobre a decisão e fizeram uma alteração no texto inicial, esclarecendo melhor sobre o que se tratava a decisão do ministro. Só não fizeram a alteração do título "Superior Tribunal de Justiça reconhece legalidade da Greve da FASUBRA". Para visualizar o novo texto, clique neste link.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O servidor pode fazer greve em estágio probatório. Não tenham medo!


Em todo ano de greve, os servidores que chegaram a pouco tempo na Universidade, normalmente têm a dúvida sobre poderem ou não fazerem greve durante o período de três anos do estágio probatório.

O medo é justificado pelo fato de que os servidores em estágio probatório possuem bem menos direitos do que os servidores já efetivados, conforme a lei 8.112, que regulamenta o regime jurídico dos servidores públicos civis da União.

Esses servidores têm medo de que suas participações na greve possam ser usadas contra os servidores posteriormente, para que sejam avaliados de forma negativa durante o estágio probatório e depois exonerados.

Saibam que isso não pode acontecer. Um gestor público não pode utilizar a adesão à greve para avaliar negativamente o servidor. Se o fizer, será ilegal e poderá ser revertido.

Segundo o artigo 20 da lei 8.112, o servidor durante esse período será avaliado segundo os critérios de:
  • I - assiduidade; 
  • II - disciplina; 
  • III - capacidade de iniciativa; 
  • IV - produtividade; 
  • V- responsabilidade.

Ainda nesse mesmo artigo:
§ 1o  4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.
Também existe a Súmula 316 do STF, em que decidiu-se que:
"A simples adesão a greve não constitui falta grave.".
A Súmulas abaixo do Supremo Tribunal Federal são bem claras em relação às condições para demitir um servidor em estágio probatório:
"É necessário processo administrativo, com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido por concurso." (Súmula 20.)
“Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.” (Súmula 21.)
O que a Súmulas acima querem dizer é que você não pode ser demitido unicamente pela vontade do seu chefe. Ainda que você seja avaliado negativamente, é preciso que uma comissão avalie o seu caso e julgue se realmente é caso para exoneração. Além disso, o servidor tem o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Mas alguns podem pensar o seguinte: "o meu chefe de todo modo pode ficar com raiva de mim e me avaliar mal, inventando coisas negativas sobre o meu desempenho no trabalho".

Como já foi mostrado aqui, no processo administrativo que será aberto cabe a ampla defesa. Então o servidor tem o direito de se defender. 

O gestor que o avaliou negativamente precisa provar que você teve uma conduta de modo a ser reprovado nos itens do artigo 20 da lei 8.112 (citados mais acima) e você tem o direito a defesa e usar todos os meios possíveis para provar que as acusações não têm fundamento.

De todo modo, saiba que em todos os anos de greve na UFAL, centenas de servidores em estágio probatório aderem a greve e nunca um servidor foi demitido por isso. O direito à greve é assegurado pela constituição e os gestores, por mais que não gostem, são obrigados a respeitar. 

Essa já é a minha segunda greve em estágio probatório e não tenho nenhum receio quanto a isso, pois conheço os meus direitos.

Mas é bom esclarecer que nós temos o direito à greve "pacífica". Ou seja, não podemos utilizar a violência como meio de luta. Não posso ser demitido por entrar em greve, mas posso ser demitido se cometer alguma sabotagem, por depredar patrimônio público, por agredir outras pessoas ou por qualquer outro crime cometido nesse período. 

Temos o direito de fazer greve, mas não o direito de fazer tudo o que quisermos durante a greve. Isso é regulamentado na lei 7.783.
Art. 6º [...]
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
Por fim, o que tenho a dizer a vocês é que não tenham medo de entrar em greve. Nos ajude a fortalecer essa luta pela nossa carreira. Não podemos ficar parados aguardando que a presidente ou o congresso tenham pena de nós e nos dê um aumento. Isso não vai acontecer. 

A educação não está sendo vista como prioridade para eles, pois ao mesmo tempo em que cortaram R$ 9 bilhões da educação, circula no congresso um projeto de lei que, se aprovado, garantirá um aumento ao judiciário que custará mais de R$ 20 bilhões aos cofres públicos. Estão rindo da nossa cara.

Não caia no jogo de intimidação do seu chefe, nem se preocupe sobre o fato de ele ficar bravo com você depois. Simplesmente saia do trabalho e não volte a trabalhar até que a greve acabe. 

Lembre-se de que ele não vai ser seu chefe eternamente. Daqui há um tempo (talvez já no próximo ano) ele vai sair do seu cargo e você vai continuar na universidade. É você quem deve brigar pela melhoria de sua carreira e não o seu chefe que te impede de ir à greve. Ele está cego porque está num cargo de gestão e se sente acima dos outros. Não caiam nesse jogo. 

Não sejamos passivos e não deixemos tudo nas mãos da gestão do sindicato e do comando de greve, pois são pouquíssimas pessoas e a UFAL tem milhares de servidores e centenas de locais de trabalho. Entre nessa luta e vamos construir juntos a melhor greve que a UFAL já teve. 


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Como foi a terceira assembléia de greve (10/06) dos técnicos administrativos da UFAL


Nesta quarta-feira (10/06), realizou-se a terceira assembléia dos técnicos administrativos da UFAL, no auditório da reitoria.

De acordo com a lista de presença, desta vez compareceram mais de 230 servidores, o que mostra que temos conseguido manter um bom nível de presença nas assembleias.

Inicialmente foram passados alguns informes sobre:
  • A situação nacional da greve das Universidades, que já conta com mais de 50 Universidades Federais com técnicos administrativos em greve.
  • A reunião do Consuni ocorrida na segunda-feira, que decidiu pela suspensão das eleições e do calendário acadêmico até o fim da greve. (Clique aqui para ler a matéria sobre isso)
  • A ausência de uma proposta concreta do governo federal a respeito das demandas da categoria. (Para conhecer a pauta nacional da Fasubra, clique neste link)
  • A criação de alguns grupos de trabalho propostos pelos servidores, dentre eles o que fará o dimensionamento da adesão à greve e o que irá coletar informações e analisar os problemas de infraestrutura da UFAL que precisam ser resolvidos.
  • dentre outros temas.
Após os informes, fiz a apresentação do trabalho de dimensionamento da adesão à greve que será feito a partir de agora. 

Coletaremos em todos os setores que conseguirmos, por meio de servidores desses locais, informações sobre o nível de adesão à greve atual. Os servidores nos informarão a quantidade de servidores técnicos administrativos no local de trabalho, a quantidade de servidores que estão parados em 100%, quantos se encontram parcialmente parados, com ou sem escala de greve, e a quantidade que continua trabalhando normalmente, sem qualquer tipo de paralisação.

Disponibilizamos um formulário na assembléia que deveria ser preenchido por uma pessoa de cada setor, no momento da assembléia, mas que também pode ser enviado posteriormente através de e-mail (fabiano.silva.amorim@gmail.com).

Clique neste link para ter acesso ao formulário que foi distribuído na assembléia.

Essas informações serão coletadas periodicamente, para que possamos analisá-las ao longo do tempo e descobrir em quais setores a adesão está aumentando, em quais ela está caindo e em quais se mantem sempre baixa, para que o comando de greve possa realizar ações que tragam mais servidores para a greve. (Para ler mais sobre esse trabalho, clique neste link)

Em seguida vários servidores falaram sobre como está a adesão à greve em seus setores. Falaram servidores de Arapiraca, Viçosa, Penedo e de vários setores do Campus Maceió. Foi discutido o receio que muitos ainda possuem em entrar em greve e sobre outros servidores que aceitam ir ao trabalho um ou até dois dias na semana a pedido da chefia para resolver questões urgentes, prejudicando a greve.

Alguns servidores pediram que o comando de greve comparecesse em seus setores para mobilizar os servidores de lá. Há setores em que apenas uma pessoa ou até nenhuma entrou em greve.

Após as discussões, foi apresentado o calendário de atividades da próxima semana, que será divulgado em breve aqui no blog.

Por fim, foram escolhidas as duas delegadas, Sônia e Maria, que serão enviadas para o Comando Nacional de Greve, para ajudar nos debates e discussões sobre a greve nacional.


Conclusões sobre a reunião

Em termos numéricos, o saldo foi bem positivo, pois compareceu um número superior a 230 pessoas na assembleia. Isso mostra um interesse crescente dos servidores em participar.

Por outro lado, houve críticas pelo fato de a assembleia ter sido menos "intensa" do que as anteriores. Houve muitos informes, mas houve pouco debate, pelo fato de que não havia algo a ser deliberado nesta semana. Na semana passada houve discussões intensas pelo fato de que havia duas decisões muito importantes a serem tomadas em assembleia. (Veja como foi a assembleia anterior neste link)

Também não houve muita discussão sobre a conjuntura e outras discussões políticas necessárias para aquele momento.

Outro fato importante a ser registrado foi a ausência de interesse da grande maioria em ir para Brasília como delegado do comando nacional de greve. Apenas duas pessoas se interessaram. Qualquer um que tivesse levantado a mão poderia ter ido. 

Isso é péssimo para a categoria. Em vez de termos várias pessoas disputando as duas vagas, para irem a Brasília e influenciar nas decisões da greve nacional, temos um quase total desinteresse por isso. 

Por fim, a próxima assembléia precisa ser melhor planejada para que haja mais engajamento dos participantes. É preciso haver mais discussão, mais debates, tomada de decisões. Mas é importante também que mais servidores peguem no microfone e falem seus problemas, dúvidas, soluções e deem sugestões interessantes. 

Não podemos ficar aguardando que a direção do sindicato e o comando de greve façam todo o trabalho. Os servidores também devem participar da greve mais ativamente.

Hoje a UFAL conta com mais de 100 setores de trabalho e está presente em pelo menos 7 cidades (algumas muito distantes de Maceió). Por isso é completamente inviável que o comando de greve, com seus aproximadamente 15 ou 20 membros, realizem visitas em todos os setores, consigam conversar com todos e mobilize-os.

A greve é construída por cada servidor de cada setor. Cada um deles é importante na construção dessa greve. A cada novo colega de trabalho que você convence a parar de trabalhar, é um tijolinho a mais nessa construção. Não se deixe ser vencido pela decisão fácil de ficar em casa, sem nada fazer, torcendo para que tudo dê certo.

Numa greve não devemos ficar torcendo pela sorte e sim trabalhar intensamente para aumentar as nossas chances de sucesso. Nos acostumamos a votar e deixar os outros fazerem tudo por nós. É preciso mudar essa cultura, começando por nós mesmos.

Vamos à luta!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Técnicos Administrativos da UFAL formarão grupo de trabalho para dimensionar a adesão à greve


Nesta terça-feira (09/06), houve uma reunião do comando de greve, em que estiveram presentes em torno de 15 a 20 pessoas.

Nessa reunião discutimos várias questões. Dentre elas:
  • A reunião mensal do Consuni do dia anterior. (Veja esta matéria)
  • A reunião da comissão eleitoral que estava sendo realizada simultaneamente. (Veja esta matéria)
  • Como faremos a mobilização dos servidores nesta e na próxima semana.
  • Estratégias para engajar mais pessoas na greve.
  • Como dar mais publicidade à greve.
  • A assembléia geral de amanhã.
  • A visita que pretendemos fazer no campus Sertão.
  • A formação de grupos de trabalho para algumas questões específicas.
  • Dentre outros temas.
Eu fiz a sugestão de criarmos um grupo de trabalho permanente que, durante todo o período de greve, faça um dimensionamento do tamanho da adesão à greve dos técnicos administrativos. Isso é importante porque precisamos ter uma noção mais concreta de como está a adesão hoje.

O grupo que será criado será responsável por:
  • Fazer um mapeamento e registro de quais são todos os departamentos e unidades acadêmicas da UFAL.
  • Coletar informações acerca de como está a adesão em cada um desses setores.
  • Armazenar essas informações, analisá-las e estimar o nível de adesão em toda a UFAL.
  • Manter o acompanhamento períódico do nível de adesão.
  • Definir quais relatórios são os mais importantes para auxiliar na tomada de decisões.
Esse trabalho é necessário para termos uma boa noção de como a greve está evoluindo ao longo do tempo. 


Precisamos saber quais são os setores em que a adesão está crescendo, em quais a adesão está em queda e em quais deles a adesão está estagnada ao longo do tempo.

Com essas informações em mãos, podemos traçar estratégias para aumentar a adesão onde há menos servidores em greve e naqueles que estiverem se desmobilizando ao longo do tempo.

Para isso precisamos mapear inicialmente quais são todos os setores dos quais precisamos obter informações.

Em seguida, precisamos coletar, de pessoas desses setores, a informação de quantos estão parados 100%, quantos estão fazendo escala e quantos estão trabalhando normalmente. A coleta será específica em torno de números. Não temos a intenção de coletar o nome de nenhum dos servidores em greve ou que continuam trabalhando.

Essa coleta terá um prazo específico para ser encerrada. Após esse prazo, reuniremos as informações obtidas e faremos todas as análises necessárias, gerando relatórios para subsidiar as decisões da categoria. Após terminada uma etapa, define-se uma nova data até a qual serão coletados os dados para que sejam gerados novos relatórios, que serão comparados com os anteriores para analisar a evolução da greve ao longo do tempo.

Foi decidido inicialmente que eu faria a coordenação desse grupo. Preciso de voluntários que tenham o interesse em contribuir com esse trabalho. É muito trabalho para ser feito por uma única pessoa e por isso uma equipe seria o mais adequado.

Caso alguém tenha interesse em ajudar, entre em contato comigo através do e-mail fabiano.silva.amorim@gmail.com.


Por decisão unânime da Comissão eleitoral, servidores da EBSERH não votarão para reitor da UFAL


Já faz algum tempo que esse tema anda em pauta na UFAL.

Os servidores da EBSERH manifestaram o interesse em votar nas eleições para reitor da UFAL.

A competência para a decisão sobre o tema pertence à Comissão Eleitoral da UFAL, que é composta por 2 membros do DCE (Diretório Central dos estudantes), 2 membros do SINTUFAL (Sindicato dos Técnicos Administrativos) e 2 membros da ADUFAL (Associação dos Docentes da UFAL).

Na última votação da comissão eleitoral, houve um empate e ficou decidido que o tema seria decidido na reunião seguinte, após cada categoria apresentar seus pareceres jurídicos a respeito do assunto.

Só que nesse meio tempo, as categorias de professores e técnicos se reuniram para discutir o tema e decidiram que não aceitariam a participação dos servidores da EBSERH na votação para reitor, por entenderem que seu vínculo empregatício seria com a EBSERH, sob a forma de terceirização, e não diretamente com a UFAL.

Ontem (08/06), os servidores da EBSERH, já sabendo do resultado que seria desfavorável a eles, tentaram fazer com que o CONSUNI (Conselho Superior da UFAL) decidisse, no lugar da comissão eleitoral, se eles teriam o direito de participar da eleição. A proposta foi rechaçada pela maioria dos conselheiros, já que a comissão eleitoral se reuniria no dia seguinte para decidir a questão e é essa comissão que possui a atribuição para fazê-lo. (Veja a matéria sobre a reunião do Consuni neste link)

Hoje (09/06), de forma unânime, os 6 representantes das 3 categorias (técnicos, professores e alunos), votaram contra a possibilidade dos servidores da EBSERH participarem da consulta sobre o próximo reitor da universidade.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

O calendário acadêmico e as eleições da UFAL foram suspensos até o fim da greve


Nesta segunda-feira (08/06), foi realizada a reunião mensal do Consuni (Conselho Universitário), onde foram colocadas em pauta as seguintes questões:
  • Suspensão das eleições para escolha do próximo reitor.
  • Suspensão do calendário acadêmico.
  • Pedido dos servidores da Ebserh de votarem na eleição para reitor.
  • Aprovação de uma moção de apoio à greve dos técnicos administrativos.
  • Pedido dos alunos do último período de direito de poderem finalizar o curso normalmente durante a greve.
A reunião do Consuni teve uma duração de aproximadamente 4 horas e 30 minutos, contando com a participação de pouco mais de 40 conselheiros e outras 100 pessoas, aproximadamente, entre professores, técnicos e alunos.

Inicialmente houve uma discussão que durou quase uma hora para definir quais os temas que seriam colocados em pauta. Dos cinco itens solicitados, apenas o pedido dos alunos do curso de direito ficou de fora das discussões, por entendimento do conselho de que isso deveria ser discutido  entre os alunos e o comando de greve dos professores. De nada adiantaria o conselho deliberar sobre isso se os professores grevistas não aceitassem atender os alunos.

Resolvida essa primeira parte, seguiu-se a discussão dos itens da pauta.


Suspensão das eleições para escolha do próximo reitor

Esse foi um ponto em que praticamente ninguém se manifestou contrário. A única discussão foi se a reunião oficial que ratifica o resultado das eleições seria mantida na data de 28 de agosto ou se seria remarcada apenas após o fim da greve.

Ficou decidido em votação que haveria o adiamento das eleições, assim como o adiamento da reunião que ratifica seu resultado, sendo ambos remarcados após o fim da greve.


Suspensão do calendário acadêmico

Os conselheiros contrários à suspensão do calendário alegaram:
  • Que a gestão não pode fazer greve e que adiar o calendário seria o mesmo que a gestão decretar a greve.
  • Que a legislação prevê a legalidade da greve de trabalhadores, mas não de patrões.
  • Que os alunos seriam muito prejudicados com uma suspensão do calendário.
  • Que os professores que não desejam aderir à greve teriam o direito de continuar dando aulas.
  • Que não é a gestão que tem de fazer com que as aulas parem e sim os professores convencendo-os da importância de fazê-lo.
  • Dentre vários outros.
Os favoráveis à suspensão do calendário alegaram que:
  • Os professores deflagraram greve e diante disso não faz sentido manter o calendário acadêmico intacto, dado que não haverá aulas de muitas disciplinas.
  • Alunos de algumas cidades do interior estariam sem transporte para ir à UFAL, pois os mesmos teriam sido suspensos por conta da greve.
  • O RU (Restaurante Universitário) estará fechado durante o período de greve e os alunos que continuam vindo à UFAL serão prejudicados se as aulas continuarem e eles não tiverem acesso ao RU.
  • Poucos professores continuam dando aulas e que é injusto com os alunos fazê-los vir a UFAL para assistir apenas uma ou outra aula.
  • A Universidade está muito esvaziada, o que a torna um ambiente vulnerável a roubos e outros atos de violência contra os alunos de blocos afastados e que estudam à noite.
  • A Universidade se encontra numa situação terrível financeiramente e que a suspensão do calendário acadêmico seria necessária enquanto a UFAL estiver com recursos chegando a conta gotas, inviabilizando a sua gestão.
  • dentre diversos outros argumentos.
Ao final de duas longas horas de discussão, foi posta em votação a suspensão do calendário acadêmico. O resultado foi de 30 votos a favor, 8 votos contrários e 3 abstenções.


Atividades que serão mantidas após a suspensão do calendário acadêmico

O comando de greve dos professores definiu uma lista de atividades que consideram essenciais e que serão mantidas durante a greve:
  • Atendimentos na área de saúde e assistência ofertados à comunidade externa que tenham sido agendados antes do dia 28 de maio e que requeiram atendimento imediato ou acompanhamento sistemático.
  • Atividades que envolvam experimentos ou procedimentos afins e que demandem monitoramento e acompanhamento constantes.
  • Bancas de defesa de trabalhos acadêmicos (na graduação e na pós- graduação) que estavam agendadas antes do dia 28 de maio.
  • Orientações e encaminhamentos relativos a projetos financiados e com prazos definidos em editais e/ou pelas agências de fomento.
  • Atividades de extensão agendadas antes do dia 28 de maio e que envolvam ações junto a setores e membros da comunidade externa.
  • Concursos e bancas de progressão agendados antes do dia 28 de maio.Estão suspensas durante a greve todas as demais atividades de ensino, pesquisa e extensão, na graduação e na pós-graduação, que não se enquadram nessas categorias.
Excepcionalidades devem ser encaminhadas pelas Unidades Acadêmicas para avaliação do Comando Local de Greve.


Pedido dos servidores da Ebserh de votarem na eleição para reitor.

No início da reunião, já foi decidido que essa questão deveria ser votada pela comissão eleitoral, que teria reunião no dia seguinte para avaliar a questão. Na reunião do Consuni seria feita apenas uma defesa do tema pelo advogado, que veio na reunião representando os servidores do Consuni.

O que era para ser uma simples defesa tornou-se algo muito maior.

Primeiramente, não foram dados três minutos para o advogado falar e sim 9 minutos, que é o tempo dado a três pessoas. Mas ele acabou falando algo em torno de 15 minutos, mesmo sob protesto dos demais.

Ele falou sentado na mesma mesa da vice-reitora, que presidia a reunião, como se fosse um consultor do Consuni e não alguém que veio defender uma idéia.

A vice-reitora, em vez de encerrar o assunto após a fala do advogado, decidiu abrir o tema para discussões e perguntas, mesmo que não fosse haver deliberação sobre o tema.

O que houve depois foi uma infinidade de inscrições para falar no tema, que só contribuíram para "fazer cera" e impedir que o último item da pauta, que era a moção de apoio à greve dos técnicos, fosse votado.

O único item que não seria colocado em deliberação  teve uma discussão muito longa e totalmente desnecessária, já que o Consuni não iria deliberar sobre o tema e sim a comissão eleitoral no dia seguinte.

Estava clara a intenção da reitoria de prolongar a discussão o máximo possível para que não houvesse tempo de votar a moção de apoio. Os alunos, professores e técnicos administrativos do conselho, apesar de terem percebido a armadilha, em vez de alertar a todos sobre ela e arrumarem um modo de escapar, acabaram caindo nela, prolongando excessivamente a discussão.

Chegaram as 19:10, após mais de 4 horas e meia de discussão, e a reunião foi finalizada, sem a votação da moção de apoio.


Conclusões

Apesar dos problemas no final da reunião, o balanço foi positivo. 

A suspensão do calendário acadêmico é um passo importante para alcançarmos o objetivo de paralisar as atividades da universidade durante a greve.

Por outro lado, é muito negativo para a imagem da nossa greve que pouco mais de 100 pessoas entre professores e técnicos apareçam para uma reunião tão importante como essa. Precisamos da colaboração de mais servidores nesses momentos. Com pouca gente, a pressão também é pouca. 

Desta vez, felizmente, conseguimos convencer o Consuni a suspender o calendário acadêmico. Em greves posteriores, não poderemos ficar dependendo de decisões do Consuni ou da gestão da UFAL para parar as atividades da universidade. O próprio movimento paredista é que precisará ser mais forte para garantir a paralisação das atividades. Na próxima greve, a conjuntura pode ser bem diferente...

Você que está lendo este texto, precisamos de sua ajuda. Compareça às atividades e assembleias da categoria. A construção dessa luta é coletiva, mas depende de ações individuais de cada servidor. 

Haverá manifestação de técnicos e professores no Consuni nesta segunda-feira (08/06)



Hoje (08/06), na reitoria da UFAL, haverá uma reunião do CONSUNI (Conselho Universitário) às 14:00, na qual os servidores em greve (técnicos administrativos e professores) farão uma manifestação para demonstrar uma força do movimento grevista.

Essa é a reunião que deveria ter ocorrido no dia 01/06, mas que foi cancelada e remarcada para hoje.

No CONSUNI estarão presentes o Reitor Eurico Lobo, a vice-reitora Raquel Rocha, todos os pró-reitores, diretores de unidades acadêmicas e os conselheiros eleitos.

O movimento grevista irá pressionar o Conselho para que votem as seguintes pautas:
  • Aprovação de uma moção de apoio ao movimento grevista: essa aprovação tem uma importância política grande, pois faz diferença que o órgão máximo da universidade afirme que a greve é legítima e que tem o seu apoio.
  • Suspensão do Calendário Acadêmico: considerando que há uma greve de professores, não faz sentido manter o calendário acadêmico como está e é preciso que as aulas sejam suspensas durante a greve.
  • Exigir que o trabalho dos técnicos não seja substituído por bolsistas ou terceirizados e que os bolsistas sejam liberados de trabalhar durante a greve.
É importante lembrar que a Proest já fez a liberação dos bolsistas durante o período de greve, dado que não haverá servidores para acompanhar seus trabalhos (Veja a matéria sobre isso neste link).

Essa mobilização dos servidores é imprescindível para mostrar a força do movimento e pressionar para que a Gestão da Universidade dê apoio à greve, como fez a gestão da UFBA (Veja a matéria neste link), o que fortaleceria muito a luta. Mesmo que a gestão não apoie, o Consuni dar o seu apoio é bem relevante politicamente.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Professor "fura greve" usa pé de cabra para arrombar portão na UFF


A UFF (Universidade Federal Fluminense), do Rio de Janeiro, foi uma das universidades mais atingidas pelo corte orçamentário na educação feito pelo governo federal, deixando de receber R$ 20 milhões em apenas 5 meses.

Com isso, começou um grande racionamento de todo tipo de recurso na universidade. Chegou ao ponto de fazerem racionamento de água e energia, terem bebedouros sem funcionar, salas com ventilador quebrado, falta de papel higiênico e falta de materiais para o atendimento médico, como anestésicos. (Clique aqui para ver a matéria sobre isso)

Os funcionários terceirizados foram os primeiros a entrar em greve por falta de pagamento. Assim a universidade ficou desprovida de serviços de limpeza e segurança.

No dia 28 de maio, iniciou-se a greve dos técnicos administrativos e professores universitários. Diante da situação financeira desastrosa, até mesmo parte dos estudantes resolveu ajudar os servidores grevistas, realizando ocupações na reitoria e até o fechamento dos portões para impedir que outros servidores "furassem a greve".

Em meio a essas manifestações, ocorreu um episódio inusitado, em que um professor do Instituto de Química levou na mochila um martelo e um pé de cabra para quebrar as correntes e cadeados que prendiam um portão. No meio da confusão, em que alunos e o professor puxavam o portão, o professor puxou-o com força e um pedaço dele foi quebrado, revoltando os alunos que faziam o bloqueio.



Infelizmente a consciência política não é despertada em todos. A luta pela coletividade, infelizmente continua sendo algo feito por minorias. A maioria ou simplesmente torna-se apática à greve ou até mesmo atua contra ela, mesmo correndo o risco de a universidade falir por falta de recursos.

Professores grevistas de vários estados expõem os problemas de suas universidades


A ANDES (Associação Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior) iniciou uma campanha nas redes sociais, onde professores universitários de vários estados postam fotos com um cartaz que expõe alguns problemas de suas universidades. 

O nome da campanha é "Pátria Educadora: Só que não". Seu objetivo é chamar a atenção da sociedade para os problemas de infraestrutura das universidades e o quanto o lema "Pátria educadora", do governo federal, é enganador.

Abaixo estão algumas das fotos da campanha. Para ver mais fotos, veja neste link.