sexta-feira, 26 de junho de 2015

Servidores Federais pediram 27% de reajuste, mas o governo só ofereceu 5,5%



Segue abaixo uma notícia da EBC:
Governo propõe reajuste de 21,3% a servidores do Executivo (25/06/2015)
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentou, a 49 entidades classistas, a primeira proposta de reajuste salarial para os servidores do Poder Executivo. O governo ofereceu 21,3%, divididos em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Para os servidores, a proposta está aquém do ajuste pedido, linear de 27,3%.
"Acho que a proposta é bastante razoável. Usamos projeções que não são do governo, são do mercado, e trouxemos a proposta em um contexto, que esperamos provisoriamente, muito desfavorável de aumento de desemprego, queda de salário no setor privado", disse o secretário de Relações de Trabalho do ministério, Sérgio Mendonça, que esteve reunido com representantes das entidades. 
"Trazer essa proposta em parâmetros de mercado é defensável. Não posso dizer se vamos adiante dela, vamos esperar o que as entidades vão conversar", acrescentou. Uma nova reunião está marcada para o dia 7 de julho. 
Dentre as entidades que estiveram com o secretário está a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). Os servidores da Fasubra estão em greve desde 28 de maio deste ano. "Para nós significa perder até o final dessa década", disse o coordenador-geral da federação, Rogério Marzola. "Vamos propor para a categoria, mas com certeza ela não vai aceitar. Estamos com perda de 27%, e o governo nos propõe esquecer isso". 
A proposta faz parte de uma rodada de reuniões para definir os reajustes de 2016 a 2019. O último acordo foi feito 2012 e vigorou até este ano. Segundo o ministério, a expectativa é que a negociações terminem até o fim de julho. As reuniões começaram em março. 
Na proposta, o governo usou as expectativas de inflação do boletim Focus. Segundo o secretário, as porcentagens não são indexadas, ou seja não variam caso variem as projeções. Com isso, o governo mantém nos próximos anos o gasto com pessoal constante, equivalente a 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB). 
Segundo o governo, esse é o ponto de partida para discutir também os benefícios, como auxílio-creche, auxílio-alimentação e auxílio-médico.
"É um pacote, o governo não consegue se mover sem fazer todas as contas, os impactos e o que isso significa", disse o secretário. "Não dá para ignorar que [o pagamento aos servidores] é parte da estratégia macroeconômica fiscal e de combate à inflação que a política econômica está usando. Não podemos perder o controle fiscal e não podemos perder o controle dos pagamentos".
De janeiro a maio deste ano, já acumulamos uma inflação de 5,34% (Veja este link). É a maior inflação para o período desde 2003, quando houve uma inflação de 6,8%. Se estamos em 5,34% em apenas 5 meses, como será a inflação em 12 meses? Com certeza será bem alta e esse aumento de 5,5% para 2016 não chegará nem perto da inflação de 2015.

É inaceitável um aumento desse nível e receber aumentos ainda menores até 2019. 

Se aceitarmos algo assim, não poderemos fazer nenhuma greve até 2020. 

Precisamos rejeitar essa oferta e fortalecer nossa greve ainda mais.

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