quinta-feira, 25 de junho de 2015

Na UFAL todas as contas estão com atraso, incluindo as bolsas dos alunos


No dia 2 deste mês, numa reunião entre o comando de greve da UFAL e o reitor Eurico Lobo, o mesmo mencionou que em seus 37 anos de universidade, essa era a pior crise financeira que ele já havia visto na UFAL. Segundo ele, as únicas contas que estavam em dia eram os salários dos servidores e as bolsas dos alunos.

Esse era o caótico cenário até aquele momento.

Agora as coisas pioraram, pois no mês de junho não chegou um único centavo para pagamento das bolsas dos alunos.

Seguem abaixo alguns trechos de uma notícia do site da UFAL:
Ufal não recebe repasse do MEC em junho e bolsas deixam de ser pagas (25/06/2015)
Neste mês de junho o Ministério da Educação (MEC) não repassou um centavo para a Universidade Federal de Alagoas, referente [...] as bolsas da graduação e da pós-graduação. O último repasse ocorrido foi em maio, mas apenas o equivalente a cerca de 30% do que deveria ter entrado na conta da Ufal, que seriam R$ 10 milhões. O único montante recebido em junho foi oriundo do Ministério do Esporte, mas o recurso é destinado especificamente para as obras do Complexo Esportivo do Campus A.C. Simões.
Este ano, em nenhum momento, a Ufal recebeu o valor correspondente ao liquidado, ou seja, sempre foi abaixo do que estava previsto para ser pago. “No mês de maio, por interferência do professor Eurico [Lôbo, reitor], a Ufal recebeu dois repasses, um no dia 28 e outro no dia 29. O que normalmente vinha acontecendo era um repasse por mês e, mesmo assim, atrasado. Por outro lado, os dois repasses de maio não foram o valor total que a Universidade deveria ter recebido. Dos R$ 10 milhões mensais que a Ufal deveria ter de repasse do MEC, o valor não chega a 20%. Maio foi a exceção, já que o montante chegou a 33%”, justificou Pedro Valentim, pró-reitor de Gestão Institucional. [...]
[...]a informação do MEC é que os repasses serão regularizados a partir de julho, mesmo assim, divididos em três parcelas; a primeira, dia 10, a segunda, 20, e a última, dia 30. “A situação é bem delicada. É possível que comecemos julho sem receber nenhuma parcela de junho[..]", disse o pró-reitor.
Por outro lado, o que o MEC vem repassando, na maioria das vezes, não dá para pagar o que é liquidado pela Ufal. “Como não há o repasse total do financeiro referente à parcela mensal do orçamento, só conseguimos pagar algumas bolsas da graduação e da pós-graduação. Neste momento [quinta-feira, 25], a Ufal tem liquidado no DCF, ou seja, pronto para pagamento, cerca de 5 milhões de reais. No entanto, estamos aguardando repasse do financeiro para que esse montante possa ser pago”, explicou Pedro Valentim.
"[...] Às vezes, temos para pagar 5 milhões de reais e só chega 1 milhão de reais. Dessa forma, a gente não tem conseguido fechar as contas. Não dá para pagar todas as bolsas, que estão sendo nossa prioridade. Algumas são pagas e outras não", contou o pró-reitor.
Esse problema de falta de recursos financeiros não é vivenciado apenas pela Ufal. De acordo com Pedro Valentim, nenhuma universidade está recebendo repasse regularmente, ou seja, o atraso do MEC é geral e a crise afeta todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). 
Se quiser ler a notícia completa, clique neste link.

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