segunda-feira, 1 de junho de 2015

Reitor da UFBA garante seu apoio à greve de servidores da Universidade



Nesta sexta-feira (29/05), a reitoria da UFBA (Universidade Federal da Bahia) emitiu uma nota reconhecendo a legitimidade da greve de técnicos administrativos e docentes da Universidade.

Segue abaixo a nota:
Site da UFBA (29/05) - NOTA SOBRE A GREVE DE DOCENTES E TRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DA UFBA
A Reitoria da UFBA reconhece a legitimidade do movimento de docentes e trabalhadores técnico-administrativos, tendo ciência que a forma de luta da greve foi decidida em assembléias representativas das duas categorias.
A Reitoria compreende a importância e a urgência da defesa da universidade pública, gratuita, democrática, inclusiva e de qualidade, como bem expressou em ato público recentemente realizado.
Assim, cônscia e ciosa de suas obrigações e responsabilidades, a Reitoria mantém-se aberta ao diálogo com as categorias de nossa universidade, ao tempo que envida esforços, também em constante diálogo com o MEC, em defesa dos melhores interesses acadêmicos e institucionais de nossa universidade.
Num ato público ocorrido na UFBA, em 25/05, reuniu-se boa parte da comunidade acadêmica, incluindo o reitor, que declarou que "A UFBA não pede socorro, luta". Juntos se uniram em torno da luta pela educação pública, gratuita e de qualidade. Seguem abaixo alguns trechos de uma matéria do site da UFBA.
Ato na UFBA reafirma luta em defesa da educação pública de qualidade (25/05/2015)
Na manhã desta segunda-feira (25/05), o Ato Público [...] reuniu os mais diversos segmentos da sociedade no Salão Nobre da Reitoria que ficou completamente lotado. Na abertura do evento, o Madrigal da Universidade protagonizou um belo momento ao entoar o Hino Nacional.
O ato foi marcado pelo clima de união em torno da causa e a disposição de lutar contra os cortes anunciados no orçamento destinado à educação e às universidades federais. O reitor João Carlos Salles fez questão de ressaltar que a iniciativa não se trata de um pedido de socorro, mas representa a luta que deve ser enfrentada pela universidade com a participação de todos em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva.
Participaram do evento Pró-reitores, diretores de unidades, representantes sindicais, professores, estudantes [...]. Também estiveram presentes políticos que têm a sua trajetória ligada à universidade. [...]
Foram muitas as falas que questionaram as recentes medidas de contingenciamento de recursos para a Educação. A deputada federal Alice Portugal ressaltou que a UFBA é a mais importante instituição federal de ensino do estado e a matriz no projeto de criação de outras universidades no interior da Bahia.  Para o vereador Hilton Coelho: “em vez de rever gastos com a Universidade, é preciso rever a opção pelo superávit”. A crise econômica que atinge o país não pode ser colocada na conta da universidade. O ato promovido pela UFBA contou com o apoio das entidades representantes dos professores, técnicos administrativos e estudantes – APUB, ASSUFBA e DCE, respectivamente. 
O fato de um reitor de uma universidade apoiar uma greve de servidores é algo muito raro e ocorre apenas em situações muito alarmantes para as universidades. Com os cortes sofridos pelo Ministério da Educação, além de prejudicar os projetos futuros e obras, bolsas serão reduzidas, alguns terceirizados serão demitidos e começará a faltar até materiais básicos para manutenção da universidade.

O cenário é o mesmo nas Universidades e Institutos Federais por todo o país. Sofremos um enorme corte no ano passado e um maior ainda este ano. Os recursos prometidos, mesmo após os cortes, não chegam por inteiro. A UFAL (Universidade Federal de Alagoas), por exemplo, iniciou o ano de 2015 com 12 milhões negativos em seu caixa. É um enorme rombo nas contas e algo que não se via há muito tempo.

Por essas razões, a reitoria da UFAL também deveria apoiar a greve de técnicos e docentes e pressionar o governo federal e o congresso (Não podemos esquecer do Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Pois tá muito fácil bater só na Dilma.) por mais recursos para as universidades.

Quando não houver mais dinheiro, o reitor vai administrar o quê?

Para finalizar, posto o vídeo sobre o evento público na UFBA:

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