A UFF (Universidade Federal Fluminense), do Rio de Janeiro, foi uma das universidades mais atingidas pelo corte orçamentário na educação feito pelo governo federal, deixando de receber R$ 20 milhões em apenas 5 meses.
Com isso, começou um grande racionamento de todo tipo de recurso na universidade. Chegou ao ponto de fazerem racionamento de água e energia, terem bebedouros sem funcionar, salas com ventilador quebrado, falta de papel higiênico e falta de materiais para o atendimento médico, como anestésicos. (Clique aqui para ver a matéria sobre isso)
Os funcionários terceirizados foram os primeiros a entrar em greve por falta de pagamento. Assim a universidade ficou desprovida de serviços de limpeza e segurança.
No dia 28 de maio, iniciou-se a greve dos técnicos administrativos e professores universitários. Diante da situação financeira desastrosa, até mesmo parte dos estudantes resolveu ajudar os servidores grevistas, realizando ocupações na reitoria e até o fechamento dos portões para impedir que outros servidores "furassem a greve".
Em meio a essas manifestações, ocorreu um episódio inusitado, em que um professor do Instituto de Química levou na mochila um martelo e um pé de cabra para quebrar as correntes e cadeados que prendiam um portão. No meio da confusão, em que alunos e o professor puxavam o portão, o professor puxou-o com força e um pedaço dele foi quebrado, revoltando os alunos que faziam o bloqueio.
Infelizmente a consciência política não é despertada em todos. A luta pela coletividade, infelizmente continua sendo algo feito por minorias. A maioria ou simplesmente torna-se apática à greve ou até mesmo atua contra ela, mesmo correndo o risco de a universidade falir por falta de recursos.
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