sábado, 30 de maio de 2015

Servidores do IFAL marcam greve para 15 de maio


O IFAL (Instituto Federal de Alagoas) está se mobilizando para realizar a sua greve de técnicos administrativos, que já tem data marcada para o dia 15 de junho.

Os técnicos do IFAL se encontram no momento sem representação sindical, por conta de uma disputa judicial entre as duas principais chapas que disputaram a gestão do sindicato nas últimas eleições.

Como o problema está demorando a ser resolvido na justiça, os servidores não podem ter acesso aos recursos financeiros do sindicato. Com base nisso, a própria base dos servidores da instituição está se organizando e se auto-financiando para realizar essa greve. Em cada assembléia estão sendo feitas coletas de doações para um fundo de greve que pague todos os custos que necessitarão para fazer visitas as campus e outras atividades.


Apesar de a greve estar marcada para o dia 15, nesta sexta-feira (29/05) a Gestão já foi comunicada que os servidores estrarão em greve.

Segue abaixo trechos de uma notícia publicada o site do sindicato do IFAL:

Servidores do IFAL realizam dia de paralisação (29/05/2015)
Ainda era cedo, quando diversos Técnicos Administrativos começaram a chegar à Reitoria do IFAL. Eles traziam pães, sucos, bolos, frutas e o ideal de lutar pelas 30 horas e contra o ponto eletrônico. O café da manhã, sugestão de apenas 3 câmpus, transformou-se em uma grande atividade de paralisação, que reuniu cerca de 90 servidores de 9 cidades alagoanas, durante a manhã desta sexta-feira, 29. [...]
A carreira dos TAEs e a eleição para a CIS, as 30 horas, o ponto eletrônico e participação dos docentes nesse momento de luta foram alguns dos temas debatidos pelos presentes, que refletiram sobre a situação de greve das universidades e o início da campanha salarial 2015 do SINASEFE [Sindicato Nacional que representa os técnicos dos IFES] e de todo o serviço público federal.
Para Hugo Brandão, professor do câmpus Satuba e membro da comissão de mobilização, não faltam motivações para a greve. “Os TAEs têm o menor piso do funcionalismo federal, não tiveram direito à RSC (Reconhecimento de saberes e Competências - veja este link) e ainda podem ter um aumento da jornada de trabalho, sem um aumento salarial. Da mesma forma, no caso dos docentes, que estão vendo seu poder de compra decair a cada dia e não possuem previsão de reajuste salarial. Sem falar no corte de verbas do orçamento dos Institutos”.
O ponto eletrônico foi outro elemento bastante alertado. Para a comissão, o ponto terá um caráter meramente punitivo, já que não é previsto pagamento de hora extra, e causará gasto de dinheiro público sem necessidade, pois o Ministério do Planejamento autoriza o controle de forma manual.
Além disso, segundo o professor Fabiano, deve atingir todos os servidores, não só os TAEs, como também os docentes.  “Não nos enganemos. No dia em que instalarem o ponto eletrônico, no outro dia vão instalar para os professores. Temos que mobilizar a categoria”, afirmou Fabiano Duarte.
Danielly Sposito, TAE do câmpus Penedo, levantou outro ponto fundamental da luta, a isonomia entre docentes e técnicos. “O perfil dos TAEs não é o mesmo perfil de 20 anos atrás, tem muita gente capacitada e especializada. Mas hoje só quem pode ter grupo de pesquisa é professor doutor, um técnico doutor não pode ter um grupo de pesquisa. Isonomia tem que ser parte da nossa luta”, registrou a servidora.
Durante a paralisação realizada no hall, a representante dos TAEs no Conselho Superior, Jaqueline Lima, protocolou o Comunicado de Greve da categoria em defesa das 30 horas e contra o ponto eletrônico.
Preparado pela comissão, o documento obedece à legislação vigente, a qual exige comunicar a greve ao gestor no prazo mínimo de 48 horas do início da paralisação. Confira abaixo o comunicado.
As reuniões, a assembleia e as paralisações, realizadas até o momento, foram atividades organizadas coletivamente, desde a convocação até o seu financiamento, que contam apenas com a disposição e vontade de lutar da categoria que se organiza, independente do sindicato, que está judicializado e proibido de atuar.
O professor Fabiano Duarte, câmpus Marechal Deodoro, esteve presente nas últimas mobilizações e dirigiu-se aos técnicos dizendo-se contente com o momento de luta. “Eu me sinto muito animado. É um processo de reorganização que está tendo e com muita participação. Mesmo com a dificuldade de não ter, nesse momento, um sindicato, vocês estão fazendo isso. É uma aula de movimento sindical”, afirmou o docente. [...] 
 Quem quiser ver a matéria completa, clique neste link.

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